Um homem está entre a coragem e o ridículo. É um homem que se eleva quinze andares e demonstra seu amor ou desespero ou rancor disfarçado. Um homem que declara viagem de segunda lua-de-mel ao paraíso dos apaixonados, cidade-luz. Levantam as placas de aplausos. Um homem que sabe falar, que sopra palavras de agradecimento a nós, mortais, que pouco vivemos esta história, que finaliza o discurso com presentes aos chefes da mulher amada e flores, enormes, ao seu objeto de desejo. Este, senhores, é um homem que declara-se cantando o hit pop da musa de Titanic - choque, choque geral.
Entre lágrimas da ala feminina e queixos caídos de quem foi obrigado a passar por este momento singular na vida, nasceram as opiniões. Um disse: é apelação. Outro: aprendi muito hoje. Outro: só pode ser a melhor chave-de-buceta do planeta.
No fim o homem afundou. Uma semana depois. Publicamente, como gosta.
Ciúme é uma merda.
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