Aprendi essa semana que romanesco é um fato extraordinário, que sai da rotina, que de tão incrível parece uma passagem de García Marquez. Meu 12 de junho foi assim. Por que quando você está se sentindo uma merda, merda acontece.
Redecorei a sala derrubando suco de uva no sofá branco que, agora, além de queimado de cigarro, tem manchas psicodélicas variando entre tons de lilás. Já atrasada, saindo da garagem, deu um revertério no portão que cismou de fechar antes e bateu no teto do meu carro. Na Santo Amaro, fui obrigada a sorrir veneno às cantada dos vendedores de flores com seus "moça bonita, leva um buquê pra fazer ciúme pro namorado". Chegando ao trabalho, além de estacionar espremida entre duas colunas, a tira da minha sapatilha rompeu.
Na minha mesa, um dia morno de chatisse. Para manter a sapatilha no pé, andei o dia inteiro com o sapato grudado ao tornozelo com fita adesiva. Falando em desastre fashion, a calça nova e cara, que foi estreada ontem, laceou, ficou um saco de enorme,e me deixou ainda mais desbundada. Mais o horror foi sentir uma coceira terrível o dia inteiro e só notar na hora do banho noturno que a culpa foi do sutiã, que estava do avesso com aquelas rendas me pinicando e eu sem poder coçar - por que coçar as tetas em público é tão ruim quanto tirar a calcinha enfiada no rêgo.
No almoço com dois amigos e dois milk-shakes de Nutella, que eu não pude nem sentir o cheiro por conta da minha promessa anti-chocolate. E vem a pergunta: "você não está sentindo falta do chocolate na TPM?", "Me digam vocês", eu disse. E eles disseram. Foi tanta verdade que eu quis acabar com a promessa ali mesmo. Ai que coceira.
O presente do dia quem me deu foi o chefe, que voltou de viagem e me presenteou com a Vogue Mexico! (sempre peço a Vogue quando as pessoas viajam pra fora) - com um detalhe importantíssimo: a capa da Vogue Hombre é o George Clooney. Melhor ganhar a Vogue Mexico do chefe do que aquele monte de flores que chegaram para as demais colegas de trabalho. Sei que elas morreram de inveja da minha Vogue. Eu nem liguei para os vasos lindos de flores que vinham chegando, chegando, chegando...
A noite, um primor. Duas horas de terapia, impedindo que a terapeuta fosse jantar com o marido no horário combinado. E depois, jantar numa padoca da Vila Madá, com cerveja e sanduíche de carpaccio congelado acompanhado por longos papos no celular com uma amiga (prefiro não revelar o nome), para dividir o chororô.
O encontro com o gato? Teve sim, mas isso é uma outra história. A mais romanesca de todas.
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4 comentários:
Pois é...to dividindo tb. Meu 12 foi tão romanesco quanto o seu !!
hahahahahahaha!!!! Genteeee... Que triste.. pela primeira vez me veio a cabeça que peitos femininos coçam!haha É estranho imaginar a sesação de algo q vc nã tem.. Seria como vc imagnar como dói um chute no saco!! haha!! É estranho, mas enfim..rs Viajei..haha
Quee bommm q vc ganhou sua Voguee felizzzz!!!! E sempre, mas SEMPREEE vai para o Oscar a frase "tanto que é difícil encontrar alguém no perfil que o filho da puta do Walt Disney implantou em seus cérebros" haha Arrasa "molher"!!rs Bjosssssssssssss!!!
Você se tornou no meu imaginário pós-12 de junho MINHA Carrie...bem mais arrasadora, mesmo com todas as trapalhadas...ai, what a day!
Amei essa história de romanesco também...
ahhahahaha, eu também tenho esse problema com meus...seios (que vergonha!)...infernal! Te entendo super - aliás, maravilha saber que não sou a única!
Sobre seu comentário no meu blog, que você anda "beginha", vamos resolver isso num japa, num MC ou qualquer outro lugar suculento?
Beijos! E prometo: sem mais furos!
"por que coçar as tetas em público é tão ruim quanto tirar a calcinha enfiada no rêgo." ai gente tadinha!
dei mta risada com seu texto, mas falando a verdade quando UMA merda aparece, outras MILHOES vem atras... impressionante!
(te linkei ao meu blog!)
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