Muita gente me pergunta por que eu parei de escrever.
Eu cheguei a colocar no blog um texto altamente confessional, auto-biográfico desses de fazer passar vergonha. Aí perguntei a um dos envolvidos na história se tudo bem publicar. Pediram para eu tirar. Eu tirei. "A noite dos mortos vivos" não durou quinze minutos aqui e foi embora, morreu de vez no mundo virtual.
Isso faz uns dois meses.
Agora volto para o curso de criação literária, volto ao Mestre Marcelino Freire.
E, no primeiro encontro, quando questionada sobre qual projeto eu desenvolvi no ano passado, numa burrice sem tamanho, eu começo a falar - adivinhem - dessa nova vida, desse monte de gente, dessas duas sogras, desse enteado, desse marido, dessa falecida, dessa casa nova, desse cachorro que nem veio mas já tem nome, dessa terapia familiar inteira que ninguém tem que saber mas que eu, bocuda, saio falando por aí.
Tá vendo só, falei de novo.
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Um comentário:
sabe, é uma coisa que penso muito desde a aic. ficava mal porque lá todo mundo fazia ficção e eu não conseguia escrever algo que não vivi. de uns tempos pra cá, voltei a escrever e tem saído coisas que eu tenho ficado satisfeita. nada mega confessional, bem mais leve...tão leve que eu tô até conseguindo criar um pouquinho mais do que antes.
não adianta fugir né, o negócio vem de novo. mas ah, se sair sempre delícia como as coisas que eu to acostumada a ler por aqui...;-) ótimo!
beijos
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