terça-feira, abril 28

domingos

28/04/2009 14:21 "Alexsandra Gerlova"
To "Vguedes", "Flavio", "gabrielvighycarvalho"
Subject Ao clã Carvalho

Oi meus queridos.
Só queria notificar mais uma vez que o meu domingo foi maravilhoso.
Uma ótima família, num belo dia de sol, crianças por todos os lados, boa comida e bebida.
Um dia de vitórias. Minhas, do Gabi, da Van, do Flavião.
Gosto muito de estar com vocês.
Quando arranjarem a casa, não se esqueçam do meu quarto.
Um beijo cheio de amor e gratidão,
da Ale grega
foto oficial | tríade 3.0
(tradução fiel de cada uma de nós)

sexta-feira, abril 24

as novas noitadas

com o Gabz:
Fez lição? Arrumou a mochila? Guardou o uniforme do basquete? Tomou banho? Jantou? Então coloca aí o Lost e vamos abrir mais um ovo de páscoa.

com o Flávio:
... me dá boa noite agora que quando você deitar eu já "vô tá" dormindo.
(uma hora depois) ... beija de novo?

com o guarda-roupa:
Foi-se a calça. A blusa preta sumiu. Ontem não achei as alças do meu sutiã. Mas toalha cheirosinha e passada é bom pra caralho, né?

quinta-feira, abril 16

Vacas magras

- Imagina um marido que, além de broxa, rouba o seu dinheiro. Érre-ó-ú-bê-á. Rouba! Abre minha bolsa, mexe em cada buraquinho, me deixa sem um puto furado pra recarregar o Bilhete. Ainda bem que a Martinha, sabe a Martinha, nossa vizinha nova? Então, ainda bem que a Martinha tava comigo pra me emprestar, se não eu não chegava na zona sul nunca. E olha que não é de agora: ele pega faz tempo e gasta tudo com aquele bando de besta do bar do Anísio. Agora fico eu tendo que enfiar dinheiro dentro do pacote de modess pra ele não achar. Por que nessas coisas de mulher, ele não tasca a mão. Tem nojo. Tem nojo de mim, já te contei? Contei sim, que o Ceará não me procura faz mais de mês. Que homem que consegue ficar tanto tempo sem arrepiar, conhece algum? Ele não presta mais nem pra isso, Creunice! Desde que teve o corte na firma não quis mais saber, só fica bebendo o dinheiro da Caixa Econômica. E eu me danando numa faxina de domingo a domingo por que, chega fim de semana, a casa tá que parece chiqueiro. O chão todo pisado, os rejuntes cheinhos de bolor... Contei que o broxa golfou no sofá todinho? O sofá que nem terminei de pagar, Creunice! Também, só chega virado na cachaça. Com os meninos, é um pega pra capar que sai da frente. Aí vêm os quatro no chororô maldizendo o Ceará. Nem o meu menor, o Julianderson, gosta mais do pai. E olha que esse é filho dele de verdade. Mas o que eu posso fazer, me diz? Vou botar ele pra fora de casa pra levar bolacha na cara de novo? Eu não. Vou é falar com Mãe Zizó pra dar jeito. Ou volta a ser meu Ceará ou vira capado de vez, você não acha?

Atenta, Creunice abanava as moscas do rabo.

quarta-feira, abril 15

agora, vai.

segunda-feira, abril 13

adeus à vida pré-flaviástica

MOÇA SOLTEIRA VENDE TUDO
Cama box modelo queen size.
Criado-mudo branquinho com tampo de vidro, duas gavetas, rodinhas.
Cadeira de varanda, dessas que fecham.
Sofá divã, mal se para sentado nele de tão bom.
Mesa de jantar com tampo de vidro, base branca.
E quatro cadeiras marrons, com assento branco.
TV 29", tela plana, daquelas de tubo.
Móvel branco para TV e DVD, com gavetão.
Móvel para livros, revistas e bibelôs. Tudo branco.
As coisas de cozinha, já dei.

Carta de um lorde

Ontem recebi uma carta do diabo me pedindo a receita daquela torta de cenoura com cobertura de chocolate que a vó Jesuína fazia. Diabo burro! Não lembra que a velha bateu as botas antes de passar o segredo? Eu acho é que o diabo está com Alzheimer.

Ele contou que está tranquilo com a vida bucólica da fazenda no Texas. Vive de ressaca de sangue de cordeiro e continua fodendo éguas velhas, com parcimônia. O diabão não dá mais no couro como nos bons tempos.

Meu velho lembrou da farra que fizemos num inferninho da baixa Augusta, aquele atrás da Universal. Foi na vez que apareci com uma “drag” baita gostosa toda trabalhada num couro vermelho, lembra? As botas ele comprou na lojinha da Joelma, mas o corselete era meu. E o filho da puta nunca mais devolveu.

Como de costume, reclamou questões relevantes (para ele, egoísta que é). Concorrência, por exemplo. “O que será de mim nessa terra onde todo mundo mete um no cu do outro pra escapar da bronca?”. É uma besta mesmo! Desde quando sodomia choca, meu lorde?

(Foram essas dores filosóficas que me encheram tanto o saco a ponto de eu pedir o afastamento. Era um cara muito pra baixo, sabe?)

Mandou eu ficar de olho num tal de Hussein da Casa Branca. Disse que esse cara promete. Mas eu não estou dizendo que o diabo já deu o que tinha que dar? A anta nem se ligou que o Saddam já era.

quarta-feira, abril 8

indomesticáveis

Fui rendida pela coqueluche fashion da temporada e me entreguei à calça saruel. De malha fininha, amassadinha, stretch, certinha no corpo, marrom. Uma gostosura de conforto, parece que a gente tá pelada. Peguei amor.

Minha Saruel e eu vivíamos felizes até que a desgraça aconteceu: a calça foi passada com ferro quente. Passada! Me amassa que eu tô passada!

(pausa para contar até dez. dez mil)

O que era a nova queridinha do guarda-roupa virou uma coisa mulambenta tamanho XGGGGG comparável aos moletons cagados dos velhinhos dos asilos esquecidos pelo Poder Público.

Quando a encontrei desfalecida, saí correndo até a área de serviço para molhá-la e, com pregadores de roupa, fiz "bigudinhos" em cada pedacinho do tecido na esperança de recuperar o amassadinho. Na manhã seguinte, tive que viajar e deixei a recomendação: só tirem do varal quando ela voltar ao normal.

De volta a Sampa. No mesmo cabide, a mesma calça desmilinguida. Flávio, com três dias de saudade, recebeu em troca esta romântica frase: "Eu mato a Edna na segunda-feira!". A madrugada virou um campo de lamentações: eu inconformada, o gato num contínuo "coitada, ela não sabia..."

Aqui, uma rara imagem que restou do meu sonho fashion destruído: a Saruel em um momento feliz, entre pessoas que ela amou intensamente e com brevidade.


Amada Saruel.
Saudade daquela que tardiamente te amou.
Lembrança eterna.



Edna continua viva. E meu coração, arregaçado.

dona DiRce

Ela mandou avisar que esse mês chegou já com os dois pés no peito. Está mais cruel, mais irônica, mais odiosa. Sua maior virtude é deixar você tão furioso a ponto de rasgar a redinha e jogá-la do quinto andar. Tamanho excesso de testosterona que inundou seu corpinho curvilíneo pode até ser desculpa para ataques a você ou a qualquer um. Mas não se engane: DiRce é esperta, manipuladora, coisinha ruim, praticamente a protagonista de "A usurpadora". Aquela carinha de boneca é a face do demo, prestenção heim! DiRce é do mal, pega um pega geral. Tá nem aí para o que pensam. Atropela mesmo e ainda volta de ré, pra se certificar. A mulher tem classe: humilha só de olhar. Faz ruindade e foda-se. Mas tem remédio para o veneno da jararaca, sabia? Só que, se eu contar, é de mim que ela vai se vingar.

DiRce, um dos meu alteregos, surje nos momentos de fúria, rancor e mágoa. Fuja do caminho dela, pé de pato, mangalô, três vezes.

quarta-feira, abril 1

um mês

Eu gosto por que me divirto com você.