sexta-feira, agosto 21

laços

No dia 20, Dona Gercina fez 60 anos e o encontro, que era para ser entre as duas Guedes de Souza restantes, cresceu. Foram também minhas irmãs e meu filho. (pausa reflexiva durante a espera do chope que nunca chegava): foi assim que entrou essa certeza na cabeça, da família não-sanguínea, de duas irmãs e de um filho.

Na madrugada, F. ficou com a corda solta e foi farrear com a turma da agência. Acho ótimo, tem que ir mesmo. Mas, quando era alta madrugada e ele não voltava, eu já imaginava o que fazer se eu ligasse no celular e o paramédico do SAMU atendesse. Eu ligaria pra alguém da família dele? Eu tenho o telefone de alguém da família dele? Depois que ele chegou bem e feliz, eu ri sozinha da graça que há até nas desgraças.

No cartório civil do bairro da Liberdade, você pode verificar que sou filha única. Nas estatísticas das revistas femininas, meus óvulos não fecundados têm quatro anos para vingar saudáveis. Nos formulários burocráticos, preencho a opção 1 [estado civil: solteiro]. E daí? Ontem, comendo pizza a noite e depois rindo de madrugada, entendi essa frase que vem me martelando faz alguns dias: eu sou uma das pessoas mais felizes que eu conheço.

2 comentários:

Pex disse...

Manaaaaaaaaaaaaa!!!!!
Tbm tenho essa certeza!
Um abraço forte da Pequena maninha! rs

Guinéka disse...

E é um laço que vai além dos nossos corpos. Somos eu, vc, a Mai, as mães, os maridos, os filhos...
A família vai crescendo, e é tão bom ter isso.
Ámém.