quarta-feira, setembro 12

na marra

Acabo de ser atropelada.
Foi assim: estava passando na frente de um prédio. Um Civic preto saiu da garagem e bateu em mim. Não caí. O carro não parou. Continuei sendo empurrada enquanto dava ridículos pulos para me equilibrar. Caí. O carro parou. Levantei. O carro parado. Olhei para a motorista, menina nova que tremia. Olhei para a passageira, menina nova que ria. Ria não, gargalhava. Baixou a fúria dos bálcãs. Chamei as duas pra briga: "desce e pede desculpa! Desce!" Não desceram. Não falaram. Seguranças aparecem. Transeuntes aplaudem. Perco o salto mas não perco o estilo. Apaguei o cigarro no capô. Esmurrei o capô. Afundei o capô. Só parei quando uma senhora no banco de trás pedia desculpas dizendo que ela está aprendendo. E aprendeu mesmo, no susto. Só falta aprender a respeitar as pessoas.

Nesse longo aprendizado, irmãos, eu vos digo:
loura classuda também faz barraco.

2 comentários:

PrimaGêmea disse...

Vannn, consigo imaginar a cena!!!
Machucou???

Guinéka disse...

Van, pelo pai! Na primeira lida fiquei preocupada. Na segunda, orgulhosa. Somos barraqueiras de plantao. Barraqueiras nao, mas justas!