terça-feira, novembro 13

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Repara: tudo é inspirado em. Todo signo vem de. Toda palavra soa de. Toda emoção brota de. A vida. A morte. (Você já sabia? Eu soube ontem.)

O caos de São Paulo desencadeou meu processo de interiorização. Para onde eu olhava, lá estava ele: o três. E o que é o três senão o signo do infinito cortado? Não vivemos o infinito, temos um corte. Eu me senti três.

Fui além. O signo do infinito é o número oito, hermético, orgânico, sensual. "Você é oito", a numerologia me taxa. Mas ontem quis virar três, da criatividade, da criança. Confessei.

Pai + mãe + filho. Tríade. Trifelicidade. Paixões a três (ciúme a um). Trinca de frustrações. Tríplice de medos. Trio de vontades. Revela-te em três tempos. Santíssima trindade.

Sigo minha trilogia no que sou: um oito com um corte certeiro, aberto ao que a vida me der, disposto a devolver o que vier. Até que a morte me torne infinito.

4 comentários:

Tiago "Kalaes" disse...

Amém!

Tati disse...

Acho que é como um triângulo, união que se completa.
Que delícia ler Van Guedes, que honra tê-la em minha vida!
Saudade louca!

Anônimo disse...

eu tenho muita saudade de ti. e isso não tem nada a ver com o post. pode isso? um beijo, guria.

Unknown disse...

Van, é preciso atualizar hein???
Saudades dos seus textos e pensamentos.

Beijos
Julia