O trecho do e-mail enviado para Gerlova reflete minha atual indignação:
(...)E de resto estamos bem. Dia pacato. Só tentei matar dois mecânicos de novo por conta da minha porta torta. Eles riem de mim. Ri-em! Mas a raiva já passou. Estou elaborando em minha mente um post que se chamará Das desgraças da testosterona no mundo, onde falarei da contribuição masculina para a humanidade feminina: das ofensas no mecânico ao holocausto, das diferenças salariais à transmissão do HPV. Breve, no Prosa Preta Verso Violeta mais próximo de você.
Estava quase certa de que perdi a fé nos homens de guerra e má-vontade da terra. Julguei-os cultivadores do desrespeito, cachorros putos fodedores de qualquer buraco que não saia formiga, fanfarrões que vieram ao mundo pra fazer sarro das emoções estrógenas.
Foi quando achei Seu Manuel, frentista do posto Petrobras da Santo Amaro com a Nebraska. Um senhor nordestino, rosto marcado pelo sol, sorriso de bom dia de sol. Seu Manuel tem jeito de que pega todas no forró, logo seria tão sacana quanto tantos por aí. Mas seu Manuel tem um jeito tão único e surpreendente de tratar os clientes que enche meu dia de otimismo. Ele nem sabe.
Hoje notei que existe esperança para a gentileza. Acreditarei nisso, até o momento em que os homens do meu convivo esbravejarem algo sobre pussycats, tetões, pingo de solda e afins. Temo que será logo.
To be continued...
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