sexta-feira, novembro 23
entrelinhas
Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri
Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama
Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama
Ela faz cinema/ Ela faz cinema/ Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual
Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama
Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Pevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama
Ela faz cinema/ Ela faz cinema/ Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz
Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que deus ela jura
Que tem coração
E quando o meu coração
Se inflama
Ela faz cinema/ Ela faz cinema/ Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim
Ela faz cinema/ Chico Buarque
Arte: Flávio Carvalho
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2 comentários:
Não conhecia esta música e adorei também a ilustração do Flavião, é linda, com traços muito seus!
Outro dia estava lembrando dos minutos que conversamos sobre o seu olhar fotográfico, me orientou com suas idéias sensitivas, pensei que queria falar com ele de novo...um dia desses vou.
Vanz, sigo te lendo.
Poucas são as pessoas que escrevem, e conseguem arrancar o meu sorriso cerrado num dia amargo, você é uma delas.
Obrigado pelos comments para voltar a escrever..voltarei em 2 dias...e vc...trate de escrever mais.
bjos
e um abraço pro flavião
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