segunda-feira, outubro 20

Ontem matei meu primo

Bituca de cigarro,
fumaça, cinzeiro lotado.
Perder o cabaço, todos.
Pelos prazeres
tolero tudo, rapaz
menos tolice.
A tua.

Eu te mandava:
me faz bonita.
Teus pincéis a desenhar
cócegas nos meus olhos.
Minha primeira língua
dentro da primeira boca.
A tua.

Confessas que sou
Senhora de tudo.
Até da saliva.
Até do cachorro.
Até da vadia.
Até do destino.
O teu.

Agora gritas
“não sou tua dona”?
Se pudesses, querido,
me terias toda.
Nesta lama,
neste piso.
O teu.

Fica em paz, amor,
que é como prometo
em boa hora:
todo ano,
juro que todo ano,
visito este chão.

[tão pra poesia ultimamente... assim como pra descartar gente besta]

Um comentário:

Anônimo disse...

eu te amo, minha guria!
sai, flá! é minha, é minha!