domingo, novembro 16

a outra

Ela me olha como se me conhecesse há tempos. Encara com um sorriso ainda forçado. Estica a língua para o alto até tocar a ponta do nariz - não consegue mais. Ri com a boca bem aberta, quase se vê a goela. Já não liga para pontos verdes e roxos na face, nem para o inchaço. Eu assusto: meio batatinha, ainda torto? Ela me ouve, me diz "tempo ao tempo, dois meses é o mínimo para o final". E eu aceito o que ela diz, desde ontem, quando se revelou.

Ela sou meu reflexo, estranhamente novo com um algo familiar.

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