Chega dezembro e é batata: corro pra banca da esquina e compro a Nova, a revista da mulher tarada, só pra ler o horóscopo do novo ano que já vem. Em 2008, caiu a ficha e finalmente percebi que as previsões mês a mês nada de significantes traziam: tudo é resolvido com uma lingerie sexy e um novo apetrecho na cama. Então resolvi largar esse vício. Neste ano, comprei a Marie Claire. Chique é ser inteligente.
Foi lá que descobri que 2009 é o ano do astro-rei. Festa para os leoninos, que são regidos pelo Sol. Já para os librianos, fala-se de mudança de casa, mudança na carreira, mudança na família, mudança nas finanças. Era praticamente a campanha do Obama. Mas parodiando Diogo Mainardi num comercial da GNT, “em 2009 eu quero tudo igualzinho, com menos chuva, talvez”.
Tudo, tudo igualzinho: não. Eu gosto de mudar. Minha franja, vítima de todo amor e ódio deste ano, que o diga. E eu gosto de gente que gosta de mudar, de gente que quer. Se você é assim, eu te gosto. E quero que você, que me lê, tenha seus quereres realizados.
E já que as vontades estão sendo reveladas, eu quero para mim um ano com prazeres imediatos, como bolo de cenoura com chocolate, e relações concretas com a famíla e os queridos amigos. Quero ter dinheiro pra viver sem preocupações, impostos justos e um trabalho compensador. Quero estar bonita e feliz. Quero tempo pra lavar o carro, ir no salão, dormir oito horas por noite. Quero política que não nos envergonhe. Menos trânsito, por favor. Mais tolerância, sempre.
Um ano com o sol como regente é para se ter cautela e entrega. O calor que queima, acolhe. O brilho que ilumina, cega. Por isso equilíbrio é meu maior desejo para todos nós, com relações humanas no sentido mais bonito que humanidade pode ter. Uma vida em sociedade, em harmonia, em paz.
E já tá bom desse discurso, que de Madre Tereza, meus amores, eu não tenho nada.
quarta-feira, dezembro 31
quarta-feira, dezembro 24
oração
Meu Deus,
Hoje eu lhe peço que abençoe:
Meu pai, minha mãe, minha madrinha e minha tia Elásia;
Toda a minha família Guedes;
Toda a minha família Souza;
A família Vighy e a família Carvalho;
Todos os meus amigos e seus familiares.
Proteja as mães: Tati, Paty, Dani Alves, Dani Padilha, Ana, Cice;
os pais, esses meus grandes amigos: Flávio, Kerges e Reis;
as meninas: Alê, Mai, Carol, Lu Campos, Lu Ferrarezi;
os meninos: Raul, Fernandinho, Bruno, Guto, Cris.
os literatos: Fefet, Ana Marotta, Debbie, Pri, Danny boy e Doutora Thais;
o Gabz.
Que todos no mundo tenham ao menos um motivo para se ser feliz.
Que todos no mundo possam dar pelo menos uma boa gargalhada.
Que eu seja criativa e produtiva.
Que nenhum mal me alcance.
Me guia, meu Deus, pra que eu me aceite e caminhe para meu melhor.
Obrigada pelo dia de hoje.
Amém.
Hoje eu lhe peço que abençoe:
Meu pai, minha mãe, minha madrinha e minha tia Elásia;
Toda a minha família Guedes;
Toda a minha família Souza;
A família Vighy e a família Carvalho;
Todos os meus amigos e seus familiares.
Proteja as mães: Tati, Paty, Dani Alves, Dani Padilha, Ana, Cice;
os pais, esses meus grandes amigos: Flávio, Kerges e Reis;
as meninas: Alê, Mai, Carol, Lu Campos, Lu Ferrarezi;
os meninos: Raul, Fernandinho, Bruno, Guto, Cris.
os literatos: Fefet, Ana Marotta, Debbie, Pri, Danny boy e Doutora Thais;
o Gabz.
Que todos no mundo tenham ao menos um motivo para se ser feliz.
Que todos no mundo possam dar pelo menos uma boa gargalhada.
Que eu seja criativa e produtiva.
Que nenhum mal me alcance.
Me guia, meu Deus, pra que eu me aceite e caminhe para meu melhor.
Obrigada pelo dia de hoje.
Amém.
segunda-feira, dezembro 22
madonna mia
18 de dezembro de 2008 | Morumbi | São Paulo
Trinta anos, dois meses e vinte dias aguardando.
Mais de uma hora na fila, a maior do mundo.
Alguns minutos de ansiedade. Cerveja?, obrigada.
Começou.
Três horas na ponta dos pés, pescoço esticado, boquiaberta.
Nem os esbarrões, nem a histeria alheia. Nada me abalou.
Maiume me pergunta: - Você não tá mais fumando?
Na pista, só não parei de respirar e de ter todos os sentidos para ela.
O resto, parou tudo. Parou meu universo por Madonna.
E juro, juro que não tenho palavras para descrever o que foi aquilo.
Trinta anos, dois meses e vinte dias aguardando.
Mais de uma hora na fila, a maior do mundo.
Alguns minutos de ansiedade. Cerveja?, obrigada.
Começou.
Três horas na ponta dos pés, pescoço esticado, boquiaberta.
Nem os esbarrões, nem a histeria alheia. Nada me abalou.
Maiume me pergunta: - Você não tá mais fumando?
Na pista, só não parei de respirar e de ter todos os sentidos para ela.
O resto, parou tudo. Parou meu universo por Madonna.
E juro, juro que não tenho palavras para descrever o que foi aquilo.
quinta-feira, dezembro 18
zero de anatomia
- Não entendo, simplesmente não sei como é que funciona.
- O quê?
- Esse negócio no pau.
- Ah mas é muito fácil: é a pelinha.
- Sim, eu já vi de judeu.
- Que não tem, né?
- É. Já até me explicaram, já mostraram e tudo.
- Então você entendeu.
- Não, não entendi! Como é que chama mesmo?
- Prepúcio.
- Isso!, crepúsculo.
- O quê?
- Esse negócio no pau.
- Ah mas é muito fácil: é a pelinha.
- Sim, eu já vi de judeu.
- Que não tem, né?
- É. Já até me explicaram, já mostraram e tudo.
- Então você entendeu.
- Não, não entendi! Como é que chama mesmo?
- Prepúcio.
- Isso!, crepúsculo.
quarta-feira, dezembro 17
na novela das oito
Não nessa, mas na próxima, haverá um adolescente indiano blogueiro. Glória Perez fez workshop com 50 bloqueiros para coletar material, coisa e tal.
Hoje já somos quase 6 milhões só em terras tupiniquins. Consegues dimensionar a que quantidades seremos quando a novela começar?
Ui.
Hoje já somos quase 6 milhões só em terras tupiniquins. Consegues dimensionar a que quantidades seremos quando a novela começar?
Ui.
axl guedes
1991, Colégio Sion
evento: Show de Talentos da 6a série
missão: apresentação musical
estratégia: fazer cover do Guns n´Roses
motivo: por que eu tinha certeza que me casaria com o Axl, oras
No auge dos 12 anos, era óbvio que Axl Rose seria meu primeiro e único homem na vida. Éramos tão parecidos, com o mesmo cabelo, lisinho e de franja, que então eu convenci o grupo, fiz chantagem, fiz bico, até que consegui, enfim, ser Axl Rose por uma tarde: uma legging de lycra preta customizada com "xizinhos" de metal, uma camiseta rasgada, bandana, boné, óculos, meu primeiro coturno.
No repertório, duas das minhas prediletas na época: abrimos com Patience, maior sucesso da parada, e eu ficava rebolando e alisando o microfone igual ele faz no clipe. E fechamos com um estouro, eu pulando pra todo lado cantando In the jungle/ welcome to the jungle/ watch it bring you to you shun/ "na-na-na-na-na-na-ni-niiii"/ uohgh!/ I wanna watch you bleed.
Esse griteiro, segundo o google, é, na verdade: "n,n,n,n,,n,n,,n,n,n,,n,n,,n knees, knees". Mas who cares? Eu me divirto horrores toda vez que toca no rádio, fico dançando igual meus 12 anos. E lembrei de Axl, meu primeiro amor de groupie, por conta do lançamento quase póstumo de Chinese Democracy. Que não ouvi ainda. Mas who cares mesmo?
Axl fez crescer meu interesse pelas aulas de inglês. Axl me levou pro rock. Axl acirrou meu desejo por uma calça de couro. Axl me fez fumar o primeiro Marlboro, escondida no banheiro da escola. Axl fez minha mãe comprar milhares de bandanas. Axl foi o primeiro disco com minha mesada. Axl foi o primeiro grande show que não fui, pois adulto nenhum quis me levar.
Hoje acho estudar inglês um porre. Amo rock. Ainda não tive uma calça de couro. Só fui fumar mesmo com 23 anos. Odeio bandana. Maiume baixa músicas pra mim. E vou no show da Madonna amanhã.
Madonna amanhã.
Madonna amanhã.
Madonna amanhã.
...
evento: Show de Talentos da 6a série
missão: apresentação musical
estratégia: fazer cover do Guns n´Roses
motivo: por que eu tinha certeza que me casaria com o Axl, oras
No auge dos 12 anos, era óbvio que Axl Rose seria meu primeiro e único homem na vida. Éramos tão parecidos, com o mesmo cabelo, lisinho e de franja, que então eu convenci o grupo, fiz chantagem, fiz bico, até que consegui, enfim, ser Axl Rose por uma tarde: uma legging de lycra preta customizada com "xizinhos" de metal, uma camiseta rasgada, bandana, boné, óculos, meu primeiro coturno.
No repertório, duas das minhas prediletas na época: abrimos com Patience, maior sucesso da parada, e eu ficava rebolando e alisando o microfone igual ele faz no clipe. E fechamos com um estouro, eu pulando pra todo lado cantando In the jungle/ welcome to the jungle/ watch it bring you to you shun/ "na-na-na-na-na-na-ni-niiii"/ uohgh!/ I wanna watch you bleed.
Esse griteiro, segundo o google, é, na verdade: "n,n,n,n,,n,n,,n,n,n,,n,n,,n knees, knees". Mas who cares? Eu me divirto horrores toda vez que toca no rádio, fico dançando igual meus 12 anos. E lembrei de Axl, meu primeiro amor de groupie, por conta do lançamento quase póstumo de Chinese Democracy. Que não ouvi ainda. Mas who cares mesmo?
Axl fez crescer meu interesse pelas aulas de inglês. Axl me levou pro rock. Axl acirrou meu desejo por uma calça de couro. Axl me fez fumar o primeiro Marlboro, escondida no banheiro da escola. Axl fez minha mãe comprar milhares de bandanas. Axl foi o primeiro disco com minha mesada. Axl foi o primeiro grande show que não fui, pois adulto nenhum quis me levar.
Hoje acho estudar inglês um porre. Amo rock. Ainda não tive uma calça de couro. Só fui fumar mesmo com 23 anos. Odeio bandana. Maiume baixa músicas pra mim. E vou no show da Madonna amanhã.
Madonna amanhã.
Madonna amanhã.
Madonna amanhã.
...
sexta-feira, dezembro 12
sexta-feira, dezembro 5
confissões
vanguedes:
Confesso que li e que seu texto foi aplaudido de pé, com u-hus e calores por todo o sarau. Agora, confesso novamente que quero o texto no meu blog. Já!
E então: cederás à tentação e enviarás o texto pra mim?
beijoca-apaixonada.
.vanz..
fellipefernandes:
Meu risoto de camarão e castanhas,
sabe, se você quer, tudo bem. Tanta gente já viu mesmo, já estou ferrado e pronto para pegar o trem dos pecadores... faz de mim o instrumento de vossa vontade.(...)
Fiquei muito lisonjeado e, claro, um tanto preocupado, porque ainda tenho medo daquele texto (mesmo diante de algumas manifestações favoráveis).
Eu tinha me proposto a lê-lo neste sarau e escreveria algo que se encaixasse também ao tema. Não deu.
Me doeu não participar do nosso último encontro.
Já soube por meio de Ana e Débora algumas novidades de ontem. Não soube de tudo. Mas tenho uma certeza que não me escapa: as palmas não foram só para o texto (...)
Te adoro. Que saiba.
beijo na curva modelo 2009,
eu.
Confesso que li e que seu texto foi aplaudido de pé, com u-hus e calores por todo o sarau. Agora, confesso novamente que quero o texto no meu blog. Já!
E então: cederás à tentação e enviarás o texto pra mim?
beijoca-apaixonada.
.vanz..
fellipefernandes:
Meu risoto de camarão e castanhas,
sabe, se você quer, tudo bem. Tanta gente já viu mesmo, já estou ferrado e pronto para pegar o trem dos pecadores... faz de mim o instrumento de vossa vontade.(...)
Fiquei muito lisonjeado e, claro, um tanto preocupado, porque ainda tenho medo daquele texto (mesmo diante de algumas manifestações favoráveis).
Eu tinha me proposto a lê-lo neste sarau e escreveria algo que se encaixasse também ao tema. Não deu.
Me doeu não participar do nosso último encontro.
Já soube por meio de Ana e Débora algumas novidades de ontem. Não soube de tudo. Mas tenho uma certeza que não me escapa: as palmas não foram só para o texto (...)
Te adoro. Que saiba.
beijo na curva modelo 2009,
eu.
Comunhão
por Fellipe Fernandes
Eu, não podendo ter lubrificante em casa, engordurava a cabeça do meu pau com margarina Delícia, que ninguém desconfiava. Abria a porta da geladeira e a cozinha escura revelava-se num trapézio de luz, as listras do chão, depois os pés da mesa, as cadeiras, as laranjas na fruteira e Cátia de quatro no banco de madeira, sustentada pelos cotovelos em ângulos retos no mármore do tampo, à espera de ser batizada.
A calcinha enrolada nos joelhos, um peito dependurado, o outro escapulindo pelo sutiã fora de eixo, e os olhos inquietos em seu abre-fecha, o terceiro mais que os gêmeos, no relanceio divino de um homem que se aproximava contra-luz, difuso, salmodiando algo que ela não ouvia, mas entendia perfeitamente, porque saiam de minha boca com o gosto de vinho e pão não-fermentado da missa da hora anterior.
O cheiro de frango e quiabo fugindo da marmita sobre o fogão lembrava-me que Cátia deveria voltar logo à santa ceia da família e que, enquanto sentia nos meus dedos o aperto das pregas do seu cu, quebrando a rotina da cozinha paroquial e, obviamente, o nono mandamento da lei de Deus com ranhos e bafos, confessávamos, os dois, a Deus todo-poderoso, como faço agora a vós, irmãos e irmãs, que pecávamos muitas vezes, sempre depois das missas de sábado, por atos, palavras, gordura vegetal e tesão.
O marido alimentava os filhos em casa e eu assava Cátia no inferno de minhas veias, do sangue acumulado nelas, de meus pêlos contra a carne macia dos cremes noturnos e diários, agarrando os cabelos com a mão limpa para não ter jamais que apelar aos céus a misericórdia da não-desconfiança no lar sagrado daquele homem que, desajeitado e omisso, cumpria seus deveres aos domingos, ainda assim passíveis de suspensão quando quaresma chegasse.
Firmei-me no pescoço com a direita e com a esquerda impulsionei meus movimentos quando sentia que ficavam lentos. É que demoro a gozar, você sabe. Afasta essa perna, putinha. Você gosta, hã? Gosta de dar essa bunda, é? Gosta? Gosta desse macho, é? Fala, sua puta: e ela atravessava um sim nas ranhuras da língua e pedia mais, mais, mais, mais, e o tapa estralava no rabo corado, forte e firme, para depois me deitar no dorso, morder as costelas e esperar o arrepio. Safada.
Quando sentia, por fim, a margarina desimpedir a textura, pedia que trancasse minha rola e acelerava. Dizia ao meu cacete: recebe, cara, por minhas mãos este sacrifício, para a glória do seu nome, para nosso bem e de nossa parceria eterna. O suor escorria em meu rosto, salgava e ardia, e Cátia implorava que parasse, rogando uns valha-me Senhor, pára, pára, não pára, pára, não pára, e ouvia a prece até sentir que o céu se abriria, quente, leitoso.
E fazia a mulher pagar a penitência do pecado de não ter agüentado até o fim. Ajoelha aí e abre essa boca. Ela obedecia. Puxava-a para mais perto e consagrava a eucaristia em seu rosto: este é o meu corpo, o meu sangue. Tomava do gozo três, quatro jatos, arfando no hálito quente da cozinha fechada, exalando a frango, quiabo e suor, enquanto me dizia, ela lambendo os próprios lábios: eis aqui o mistério da fé.
Levantou-se, foi ao banheiro e voltou, longe de estar arrependida, me dizendo:
- Não sou digna de que entre em minha morada, mas diz só uma palavra e ela será sua.
- Ter mais do que já tenho é gula, querida, e gula é pecado. Agora vai para casa.
- A sua benção, padre.
Beijou-me então a mão esporrada e foi embora cuidar do marido, que também é filho de Deus.
Eu, não podendo ter lubrificante em casa, engordurava a cabeça do meu pau com margarina Delícia, que ninguém desconfiava. Abria a porta da geladeira e a cozinha escura revelava-se num trapézio de luz, as listras do chão, depois os pés da mesa, as cadeiras, as laranjas na fruteira e Cátia de quatro no banco de madeira, sustentada pelos cotovelos em ângulos retos no mármore do tampo, à espera de ser batizada.
A calcinha enrolada nos joelhos, um peito dependurado, o outro escapulindo pelo sutiã fora de eixo, e os olhos inquietos em seu abre-fecha, o terceiro mais que os gêmeos, no relanceio divino de um homem que se aproximava contra-luz, difuso, salmodiando algo que ela não ouvia, mas entendia perfeitamente, porque saiam de minha boca com o gosto de vinho e pão não-fermentado da missa da hora anterior.
O cheiro de frango e quiabo fugindo da marmita sobre o fogão lembrava-me que Cátia deveria voltar logo à santa ceia da família e que, enquanto sentia nos meus dedos o aperto das pregas do seu cu, quebrando a rotina da cozinha paroquial e, obviamente, o nono mandamento da lei de Deus com ranhos e bafos, confessávamos, os dois, a Deus todo-poderoso, como faço agora a vós, irmãos e irmãs, que pecávamos muitas vezes, sempre depois das missas de sábado, por atos, palavras, gordura vegetal e tesão.
O marido alimentava os filhos em casa e eu assava Cátia no inferno de minhas veias, do sangue acumulado nelas, de meus pêlos contra a carne macia dos cremes noturnos e diários, agarrando os cabelos com a mão limpa para não ter jamais que apelar aos céus a misericórdia da não-desconfiança no lar sagrado daquele homem que, desajeitado e omisso, cumpria seus deveres aos domingos, ainda assim passíveis de suspensão quando quaresma chegasse.
Firmei-me no pescoço com a direita e com a esquerda impulsionei meus movimentos quando sentia que ficavam lentos. É que demoro a gozar, você sabe. Afasta essa perna, putinha. Você gosta, hã? Gosta de dar essa bunda, é? Gosta? Gosta desse macho, é? Fala, sua puta: e ela atravessava um sim nas ranhuras da língua e pedia mais, mais, mais, mais, e o tapa estralava no rabo corado, forte e firme, para depois me deitar no dorso, morder as costelas e esperar o arrepio. Safada.
Quando sentia, por fim, a margarina desimpedir a textura, pedia que trancasse minha rola e acelerava. Dizia ao meu cacete: recebe, cara, por minhas mãos este sacrifício, para a glória do seu nome, para nosso bem e de nossa parceria eterna. O suor escorria em meu rosto, salgava e ardia, e Cátia implorava que parasse, rogando uns valha-me Senhor, pára, pára, não pára, pára, não pára, e ouvia a prece até sentir que o céu se abriria, quente, leitoso.
E fazia a mulher pagar a penitência do pecado de não ter agüentado até o fim. Ajoelha aí e abre essa boca. Ela obedecia. Puxava-a para mais perto e consagrava a eucaristia em seu rosto: este é o meu corpo, o meu sangue. Tomava do gozo três, quatro jatos, arfando no hálito quente da cozinha fechada, exalando a frango, quiabo e suor, enquanto me dizia, ela lambendo os próprios lábios: eis aqui o mistério da fé.
Levantou-se, foi ao banheiro e voltou, longe de estar arrependida, me dizendo:
- Não sou digna de que entre em minha morada, mas diz só uma palavra e ela será sua.
- Ter mais do que já tenho é gula, querida, e gula é pecado. Agora vai para casa.
- A sua benção, padre.
Beijou-me então a mão esporrada e foi embora cuidar do marido, que também é filho de Deus.
terça-feira, dezembro 2
segunda-feira, dezembro 1
sarau | erótica!
dezembrando
to: Ale Grega; Mai Pex
Amada Tríade,
preparem-se para um dezembro duka. Pra começar tem MADONNA! O resto que se foda.
::: manhã de sol, segunda-feira sem trânsito: boas-vindas a ti, dezembro, que és uma loucura, mas também uma delícinha.cremosa. Amo-te. Pela festa da firma. Pelo especial do Rei. Reencontro com a turma. Amiga-calcinha. Férias da molecada. Ceia com missa do galo. Sol. E a sonhada viagem de fim de ano.
Depois começa tudo de novo com promessa de um jeito novo.
Amada Tríade,
preparem-se para um dezembro duka. Pra começar tem MADONNA! O resto que se foda.
::: manhã de sol, segunda-feira sem trânsito: boas-vindas a ti, dezembro, que és uma loucura, mas também uma delícinha.cremosa. Amo-te. Pela festa da firma. Pelo especial do Rei. Reencontro com a turma. Amiga-calcinha. Férias da molecada. Ceia com missa do galo. Sol. E a sonhada viagem de fim de ano.
Depois começa tudo de novo com promessa de um jeito novo.
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