sábado, agosto 30

Amaury Jr?

- Filha, tá passando no Amaury Jr!
- O que, mãe?
- A festa no deserto, o lançamento do Captiva! Liga agora pra ver. Tchau.

E vendo os flashes do evento e dos nossos vídeos, mais aquele monte de convidados posudos, mais os clientes da Chevrolet (Sam, Lucic, Hermann!), mais a Gisele Itié e o Maurício Manieri, mais os cabeças da Miksom Ativação... porra! Ficou legal pra caralho! Puta bom trabalho, mandamos bem mesmo... até no Amaury Jr...

sexta-feira, agosto 29

Teotihuacan*

*local onde os homens se tornam deuses [em 25ago08]
Ao fundo está a Pirâmide do Sol, vista da Pirâmide da Lua que, segundo a lenda, suga a energia dos homens...

... e das mulheres, como bem se vê: nossa correspondente no México estava esbaforida após escalar até onde era permitido, cerca de 30 dos 45 metros de altura desta pirâmide.

Após descer os estreitos degraus e atravessar a extensa "Avenida de los muertos", a via principal de Teotihuacan...

... ela sentia-se pronta para mais aventuras que estavam por vir: agora eram 65 metros traduzidos em 248 degraus muito altos e perigosos...

... até chegar ao topo da Pirâmide do Sol que, segundo a mesma lenda, revigora os homens. Veja como a correspondente já está mais alegrinha, posando com a Pirâmide da Lua ao fundo.

Tão alegrinha que acabou almoçando num restaurante mexicano tradicional, onde tornou-se integrante de um grupo de dança asteca heavy-metal.

bem-feito!

- Você acha que eu tô gorda?
A resposta:
- Você acha que está?
Ela insiste:
- Quero saber de você.
A sinceridade masculina prevalece:
- Tá um pouco mais gordinha. Com menos barriguinha, fica ainda mais bonita.
A tentativa:
- Eu tava com 57kg antes... agora com 60kg... incrível como 3kg fazem tanta diferença, né?
A frase decisiva:
- Perde os três então.
Ela pensou, miúda e mexicanamente: ai caramba.

montezuma, ugh!

23 a 27 de agosto | Cidade do México
Fui crente que seria como na Europa: caminhadas extensas, sol na moleira, duas refeições por dia, hospedagem em albergues de quinta, crédito limitado no Visa. Mas estive preguiçosa - cansava-me falar portunhol e usar de mímicas. Por isso, essa foi uma viagem com certa classe, como exige minha condição pré-balzaquiana: passeios com guias e transporte particular, roteiro do turibus, hospedagem 4 estrelas na Zona Rosa (o glamouroso bairro gay, com lojinhas e serviços à la Vila Madalena), um vistoso aumento no limite de crédito e apenas uma restrição: a comida.

Já ouviu falar na "vingança de montezuma"? É como os mexicas chamam as crises de vômito e diarréia que atacam os turistas. Essa coisa de muita pimenta, muita gordura, muito desleixo com o que se come... Meu frágil estomaguinho, acostumado a viver num dos maiores centros gastronômicos do mundo, não deu conta. Estou mareada desde 3a feira, vivendo a pão, nada me agrada... a não ser os elogios: nossa, você emagreceu?

Tem que se ter vantagem em alguma coisa.

quinta-feira, agosto 21

magnificus

No Brasil, meia-noite. Aqui, a lua acaba de subir. Assim, este seu 22 de agosto será de 27h horas - tempo extra para comemorar. Eu, daqui, celebro o homem mais incrível que conheço. O que mais há para falar, te digo em sussurros.
Em breve.

tchup-tchuras da estrela

Olha, Fefet, eu bem que queria apoderar-me daqueles adjetivos todos fantásticos que você cria nesta tua mente iluminada, mas ultimamente estou mais pra palavrão. Tu não crês quanto palavrão estou falando no México! Puta que pariu pra mim é bom dia, sabe assim? Mas então: não te esqueci, leãozinho. Como mi madrecita, você também é chegado nuns vermelhos com dourados que eu sei - e isso é tão romanesco para uma libriana (des)equilibrada como eu... Mas se Deus quis colocar dois leoninos de 20 de agosto em minha vida, Ele deve saber o que está fazendo. Presente assim a gente aceita de bom grado sem precisar entender.

Viver ultrapassa qualquer entendimento, não é assim?

querida mamãe

neste 20 de agosto de 2008 não estive contigo. Para mim, foi o dia mais difícil desta viagem - exigiram muito de mim física e emocionalmente. Estava em frangalhos, mas o que mais me perturbava era não poder voltar ao meu quarto no Meliá para pegar meu celular e ter notícias suas. Consegui fazer isso somente às 23h, quando no Brasil já eram duas da manhã. Estavam no visor duas mensagens de texto: tua, agradecendo a mensagem que eu enviei quando aqui ainda era dia 19, e da Gerlova, avisando que te ligou e que você estava bem e feliz. Não aguentei mais. Desabei num choro de saudade, de culpa, de cansaço. Durou o tempo eterno em que finalmente consegui completar a ligação: o pai atendeu o telefone todo sonolento, sem saber quem estava falando, e você me alimentou de alegira, sem ter a mais puta idéia de como eu estava precisando. Fez como sempre faz - me fortalece, sem saber.

domingo, agosto 17

hoy: los cabos

Enfim, cá estou na bela e quente Los Cabos, península noroeste do México, banhada pelo Mar de Cortês e pelo Oceano Pacífico, que se encontram neste local da foto: El Arco.

Ainda não pisei na praia, só vi o tal "arco" do avião, nem mesmo brinquei no duty free. Mas já estou encantadíssima com o México, mesmo depois de abrirem minha mala para revistá-la, mesmo depois de ter meu nome anunciado no auto-falante de Cumbica, mesmo depois de não conseguir comer nada no avião pois tudo me dava náuseas, mesmo depois de ver que o bicho aqui está pegando.

Não sei explicar, mas parece tudo muito natural, como se este trabalho, esta viagem, esta vida corrida, sempre fossem minhas. Acho que daí vem a certeza de que vai dar tudo certo, mesmo que eu não saiba o caminho.

"Reinventamos caminhos". Estou reinventando o meu.

terça-feira, agosto 12

elas agüentam!

Ficarei no México só 13 dias. Mas não importou: foi motivo para festinha de despedida mesmo assim. A Alê fez o convite; a Carol ofereceu a casa, os comes e os bebes; a Tati faltou no curso do MASP; a Lu Campos fugiu do trabalho, enquanto a Mai ficou presa num trabalho. Normalmente, demora mais de 13 dias para todas se encontrarem, então a pequena ausência tornou-se um bom motivo para o evento. Só não entendi, até agora, de onde essas meninas tiram paciência* para me agüentar tão agitada, falando rápido, cortando as conversas, disparando sarcasmos, gesticulando demais, fumando demais, pilhada pra caralho. Elas, calmas e bonitas e felizes, me aturam com placidez. É fato: tô muito bem servida de amadas amigas. Amém.

* se, em vez de paciência, elas tivessem força, certamente ontem eu voltaria para casa sem dentes.

domingo, agosto 10

familiaridades

cena 1:
- Pai, eu vou fazer igual você faz comigo...
- O quê?
- ... vou te dar presente atrasado...
- Ah filha, que isso.
- ... vou trazer teu presente do México...
- Pra mim, presente maior é ter tua presença.
- ... vou te trazer várias tequilas mexicanas!
- É, nesse caso...

cena 2:
- Chegou a Claudia de agosto?
- Tá ali em cima.
- O que tem de bom nesse mês?
- Tá chato. Só fala de bolsa.
- Ah é? Tá feia a coleção de verão, mãe?
- Bovespa, Vanessa!

cena 3:
- Feliz aniversário adiantado, mãe.
- Seu plano de saúde é internacional?
- Sei lá! Depois eu vejo...
- Não esquece que você é alérgica à aspirina.
- Tá bom, mãe. Feliz aniversário.
- Leva Tylenol.

sábado, agosto 9

agosto de quem

Foram só nove dias, apenas nove dias, e você já é histórico. Começou numa sexta-feira que eu estava com sede dos meus amigos e você me prendendo, não me deixando ser eu, feliz assim. Já no dia seguinte, me obrigou a limpar a casa - pois a diarista sumiu de novo, não dou sorte. Mas pelo menos tive o prazer da manicure e da visita aos pais naquela tarde. A noite, muito noite mesmo, fui namorar mas logo na manhã seguinte, tive de partir - domingo foi de trabalho. Foram exatas 13 horas de alegria com meu par (contando horas de sono) e 10 horas de trabalho (contando idas ao banheiro e ao fumódromo).

Os dias úteis começaram cansativos, afinal. Mas na primeira noite consegui fugir para a volta às aulas da AIC. Gente nova, gente questionadora, gente intelectual. Ou seja: gente chata, que acredita que as palavras têm de ser pesadas para serem importantes. Não generalizo, há de ter gente boa também. Mas o debate filosófico em torno da falta de sagacidade intelectualóide das universidades contemporâneas doeu mais do que quando expeli minha pedra de rim.

Odeio acordar e ter que acender a luz da sala. Terça-feira foi assim. Antes da feira na rua perto da Miksom estar montada eu já estava na agência, pronta para viajar para Indaiatuba. Destino: centro de provas da Chevrolet, onde realizamos o primeiro evento de lançamento para imprensa especializada. O Chevrolet Captiva Sport, enfim, anuncia-se. Além do encantamento da estréia, tive a certeza de entender as surpresas que o México me trarão. Tanta dedicação e, quando tudo acontece como por encanto, eu entendo por que gosto de trabalhar nessa porra. Foi ótimo dirigir o carro que está dirigindo minha vida há quatro meses, quase que com exclusividade. Das 5h da manhã até 1h da manhã do outro dia, flutuei entre romances de amores ingratos, contos de idiotices profissional e crônicas do prazos de produção.

O ápice veio a seguir. Tá, não falarei mais do trabalho árduo que está como rotina e já vou logo para o final. A noite foi de espetáculo e de realização: PELA PRIMEIRA VEZ NA VIDA, ASSISTI A UM CONCERTO NA SALA SÃO PAULO. Uma soprano, um piano e uma pequena tela com a legenda de todas aquelas canções em línguas tantas. Meu coração foi todo entregue. Tive certeza que saindo de lá eu era Carmem, a própria. L'amour, l'amooouuur! Foi felicidade de vinho que me encheu de vida que não pude conter (tradução: vomitei, como de praxe). Tenho dó do homem que tem de passar por isso e ainda diz eu te amo.

Então foda-se a quinta-feira, vou chegar tarde mesmo que agora inventaram de ter reunião toda sexta de manhã e eu nunca mais tive o prazer de dormir até 9h, desfrutando o rodízio de veículos com placas final 9 e 0. Com a cutis absolutamente fantástica, adentrei os portões da Miksom e vi que o trabalho que pedi para fazerem no dia anterior não fizeram. Dá-lhe eu a resolver. Aliás, meu lema tem sido: manda pra mim que eu resolvo. E o dia foi todo assim. Até a noite, com a terapia que começou com uma hora de atraso e durou outra tanta hora de anestesia. Preparei-me para a maratona adiante.

Em resumo: fui a primeira a chegar na agência, às 7h da sexta-feira, e a última a deixá-la, às 4h já deste sábado. Ao acordar 11h da manhã, já tinha no meu celular a convocação para o recrutamento de hoje. Fiz o que precisava: desliguei o celular e li umas 50 páginas do EVENGELHO SEGUNDO JESUS CRISTO. A semana toda não pude ter com Saramago e hoje ele exigiu minha atenção. Quando voltei a realidade, descobri minha missão mas antes me dei o direito de ter prazer. Piada interna: este é o mood da campanha que estou trabalhando - ironia?

Tu, agosto do cachorro louco, está como eterno em apenas nove dias de vida.

segunda-feira, agosto 4

las bonds


Ousadas, doidivanas, apaixonantes. Axuxique!

sexta-feira, agosto 1

sem teto

Pois agora ganhei responsabilidade de presente. Deve ser o marco do fim da minha década dos 20. Eis que respondo por uma área do evento no México. Sou senhora da apresentação de produto. E hoje, nesta tão esperada sexta-feira, os amigos se uniram para diversão ilimitada e cerveja até aguentar. Estão lá no Sachinha. Mas não posso ter com eles. Prenderam-me na agência, para ciceronear cliente. Esta viagem está saindo muito cara.

Estou tão cansada que preciso chorar.

trilha de hoje | Into the wild.
NO CEILING
Comes the morning
When I can feel
That there's nothing left to be concealed
Moving on a scene surreal
No, my heart will never, will never be far from here

Sure as I am breathing
Sure as I'm sad
I'll keep this wisdom in my flesh
I leave here believing more than I had
And there's a reason I'll be, a reason I'll be back
(...)