quinta-feira, agosto 21

querida mamãe

neste 20 de agosto de 2008 não estive contigo. Para mim, foi o dia mais difícil desta viagem - exigiram muito de mim física e emocionalmente. Estava em frangalhos, mas o que mais me perturbava era não poder voltar ao meu quarto no Meliá para pegar meu celular e ter notícias suas. Consegui fazer isso somente às 23h, quando no Brasil já eram duas da manhã. Estavam no visor duas mensagens de texto: tua, agradecendo a mensagem que eu enviei quando aqui ainda era dia 19, e da Gerlova, avisando que te ligou e que você estava bem e feliz. Não aguentei mais. Desabei num choro de saudade, de culpa, de cansaço. Durou o tempo eterno em que finalmente consegui completar a ligação: o pai atendeu o telefone todo sonolento, sem saber quem estava falando, e você me alimentou de alegira, sem ter a mais puta idéia de como eu estava precisando. Fez como sempre faz - me fortalece, sem saber.

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