Tem coisa que a gente só lembra que tem quando acontece alguma merda. Joelho, por exemplo. O joelho nos carrega enquanto engatinhamos, é alvo de pancada em todas as quedas frontais, é essencial para dançar ou andar de bicicleta ou correr e é fundamental para quem gosta de rebolar (sim, todo o segredo de um bom requebrado está nos joelhos).
Joelho legal é aquele que tem cicatriz. Cicatrizes são histórias de vida - se elas estão lá, marcando seu corpo, é por que você sobreviveu para contar a história. Cicatriz tem seu charme. Adoro procurá-las, adoro saber como elas foram parar lá.
Hoje, minha querida Mai Pex foi internada para fazer sua segunda cirurgia no joelho. O tombo dela foi chiquérrimo: ao descer uma montanha nevada nos alpes canadenses, a perna dela foi para um lado e o corpo foi para outro. Para suportar a dor, deram morfina para ela - e a mulher adorou, ficou chapadinha, rindo à toa. Quando voltou ao Brasil, eu pude acompanhar sua recuperação. Cada dia é uma conquista e esta determinação tem deixado a Pex até mais bonita.
De tombo em tombo escrevemos nossa vida. E joelho com cicatriz só tem quem é destemida: cai, levanta e segue adiante. Siga adiante, Pex.
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3 comentários:
Carol Campos, querida amiga, enviou-me uma mensagem sobre este post:
"Isso me fez lembrar de uma frase que escrevi no meu caderninho, há um tempo atrás, quando as coisas tavam mais difíceis: o difícil não é levantar, difícil é parar de cair!"
Carol é sábia.
Van,
É verdade. O joelho é o ponto de equilíbrio. Estou até agora conversando com o meu, por conta de um pequeno deslize que tive na neve...Coisa de um segundo, que já dura um mês!
Existe o livro de cabeceira e agora a sulfite de cabeceira. Desde q ganhei uma folha de sultite contendo um texto exclusivo pra mim, tenho lido a noite, todos os dias. Mais que o livro de Dalai Lama, esta folha tem me dado estímulo e força para continuar minha jornada.
Obrigada Van, do fundo do meu coração!
Amor,
Mai Pex
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