quarta-feira, outubro 31

nomes

Uma vez me disseram que existe uma pessoa chamada Um Dois Três de Oliveira Quatro. E recentemente ouvi a história de um pai que batizou o filho de Corinthians e se justificou no cartório dizendo que, se existe Marcos Palmeira, Ilya São Paulo e Osmar Santos, seu filho poderia chamar José Corinthians sim!

Eu também tenho histórias fantásticas sobre os nomes da minha família. Acho que sem as facilidades eletrônicas de hoje, meus avós se divertiam criando nomes para os filhos.

Dona Odete, de 1,46m, e Seu Etelvino, de 1,80m, vieram da Bahia para os cafezais do Pontal do Paranapanema e lá nasceram seus 14 filhos, dos quais nove vingaram e um foi agregado. O vô Tévininho quis fazer rima com o sobrenome Guedes e foi muito inventivo ao colocar o nome de todos com G, até que uma hora a criatividade acabou e teve que mudar para J.

Dos Guedes: Gercília, Gercina, Gervina, Generina, Jueci, Juvenil, Jesuína, Juarez, José Roberto e César Eduardo, que só se safou porque, na verdade, é meu primo. A salvação foram os apelidos: minha mãe é Gê, de Gercina; minha madrinha é Gina, de Gervina; Juvenil virou Ju, Jesuína virou Fia e Generina mudou o nome na Justiça para Débora.

O nome campeão é da minha avó paterna, Dona Delícia. Junto com Seu Manuel Theodoro, o vô Dequinha, ela se divertiu nomeando os nove filhos com nomes compostos em homenagem a si mesmos. Ambos já estão no céu, mas até hoje eu não consigo entender como um pomposo Manuel Theodoro vira um singelo vô Dequinha. Acho que é para o casal ficar mais simpático: Delícia e Dequinha... Vamos adiante!

Dos Souza: Edézio Manuel, Euza Delícia, Elásia Delícia, Eládia Delícia, Ediléa Delícia, Paulo Manuel, Cleusa Delícia e, por fim, Maria do Carmo. Tem oito aí. Falta o mais inventivo, que é meu pai. Papaizinho nasceu dia 25 de dezembro e acharam muito pretensioso chamá-lo de Jesus, então virou Nascimento Manuel, em homenagem ao nascimento de Jesus e ao meu avô. De tanto catolicismo, seu apelido virou Santos - que não é sobrenome de ninguém, além do Osmar, que nem da família é.

2 comentários:

Guinéka disse...

Van, eu adoro ouvir essa história dos nomes da sua família. Agora eu posso lê-la a qualquer momento. Um beijo e obrigada pelo presente!

Anônimo disse...

Gostei muito da história da sua família. Venho pesquisando o significado do meu nome. antes não encontrava nada, mas depois com muita paciência, encontrei algumas histórias ,poemas, homenagens aos seus parentes com meu nome, mas a sua foi a que mais me chamou a atenção, porque meu nome é Gercina e meu sobrenome é Guedes