De manhã é sempre ruim pra produzir. Sou mais contemplativa, por assim dizer. Lá em casa fico esticada no sofá, olhando a janela, a tv de fundo, o relógio voando. No carro, um perigo: gosto de olhar para os lados, achar algo diferente daquele retão cinza da Santo Amaro. Às vezes, acho.
Aqui na agência estamos Kerges e eu de dupla de criação. A outra dupla voou para outros rumos e esta semana contamos com ajuda da novata arte finalista. Os começos são difíceis. As despedidas, necessárias.
Então eu mudei de lugar. Agora sem paredes atrás de mim. Em certas manhãs, dou-me o luxo de abandonar o computador e me virar para a janela, revista apoiada no colo, de frente para o dia. No i-tunes: Spiritualized. O bom de ser redatora é que posso ler e as pessoas (fingem que) entendem que estou me alimentando de referências. 4 mg de alcatrão me cairiam bem.
As manhãs são mornas. Independente do ritmo que o dia impõe, gosto de acompanhá-las.
A vida ferve depois das três da tarde.
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Um comentário:
Pra mim a vida tem fervido as 7:50 da manhã..quando esbaforido saio de casa para não chegar atrasado no trabalho!!!
é a vida!
saudades van!
bjos
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